Que assim seja.

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O ÉBRIO II (Augusto dos Anjos)


   Bebi mas sei por que bebi!...
Buscava em verdes nuanças de miragem,
Ver se nesta ânsia suprema de beber,
Achava a glória que ninguém achava!
E todo dia então eu me embriagava
- Novo Sileno, - em busca de ascender
A essa Babel fictícia do prazer
Que procuravam e que eu procurava.
Trás de mim, na alta estrada que trilhei,
Quantos também, quantos também deixei,
Mas eu não contarei a ninguém.
A ninguém nunca eu contarei a história
Dos que, como eu, foram buscar a glória
E que, como eu, irão morrer também.


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