Que assim seja.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Quando chega a hora...


Tem uma hora que a gente acorda e pensa: - Chegou a hora!
Chegou a hora de seguir nosso caminho, de fazer nossa história com nossas próprias pernas... Daí pensamos: - Mas como devemos fazer isso? Ficar esperando a hora certa chegar ou fazer com que essa hora chegue logo, por sentirmos que essa é a hora? E como sabermos que realmente chegou a hora de darmos esse grande passo em nossa vida?
Dizem que Deus fala com a gente através de sinais e que devemos estar atentos a todos eles. Para alguns esses sinais vêm através de um pressentimento para outros através de sonhos e para alguns vêm através de uma proposta profissional, como no meu caso.
Quando recebi a proposta para trabalhar em Portugal eu senti, chegou a hora... No início deu um certo medo, um frio na barriga... Nunca havia ficado longe de minha família, de meus amigos. Foi uma decisão difícil, mas sabia e sentia que não podia recusar, se eu deixasse essa oportunidade passar como saber se ia dar certo, se eu ia conseguir? Mesmo sabendo que nossas decisões não afetam somente nossa vida e também a vida de todos que estão a nossa volta, seja direta ou indiretamente, eu decidir aceitar a proposta. Foi uma experiência incrível, pois me ensinou a lidar com meu lado emocional, social e de convívio. Depois de um ano estava de volta ao “ninho” familiar, nossa, quanta alegria (me lembro como se fosse hoje). J  Estava muito feliz, mas no fundo eu sentia que eu ainda tinha muito a aprender, a crescer e a oferecer e se eu ficasse ali não ia conseguir nada disso.
Então surgiu uma oportunidade para eu ir morar em Cipó (ah, Cipó, meu lugar, minha terra, minhas raízes...), minha morada em Cipó fez com que eu descobrisse o verdadeiro valor da amizade (tão verdadeiro que vivo na certeza que nunca estarei só e desamparada), que existem várias formas de amar, o respeitar e gostar de todos como são e de fazer com que os outros gostem e respeitem você como é.
Depois de um ano, olha eu de novo no berço familiar, de volta a Itabuna, chegou a hora de escolher um caminho profissional, e para isso o primeiro passo é fazer uma faculdade (um dia minha mãe ligou e disse, fiz sua inscrição para fazer vestibular para Turismo...), o que eu podia fazer? Era uma nova oportunidade de crescimento pessoal que estava surgindo, fiz o vestibular, passei, concluir o curso de Turismo, foram ótimos quatro anos, fiz novas amizades, pessoas que tenho como irmãs.
É engraçado, quando a gente se forma em faculdade, saímos numa sede danada de exercer a profissão escolhida, mexe daqui, mexe dali, procura aqui, procura lá... Um dia surge uma oportunidade de trabalho em uma pousada de Paraty (uma pequena linda cidade que respira natureza, cultura e lazer por todo lado, simplesmente amei), mais uma vez não deixei a oportunidade passar, conversei com meus pais e estava eu de novo partindo para uma nova experiência. Em Paraty conheci o valor da honestidade (não, que eu não seja honesta), a dona da pousada que não foi comigo, mas minha passagem por Paraty não foi ruim, fiz uma amizade bacana com uma colega de trabalho, curtir o que deu pra curtir.
Há quase três anos estou em Porto Seguro, trabalhando como professora na Zona Rural na Fazenda Bom Sossego, com o pessoal daqui da fazenda aprendi o quanto é importante fazer o que gostamos... Fiz 40 anos essa semana, e hoje as mães fizeram uma festa surpresa pra mim, J fiquei muito emocionada. E é nesses momentos em que temos a certeza de está fazendo a coisa certa.
Nessas idas e vindas nas estradas da vida tive a oportunidade de perceber a minha individualidade, a importância de se trabalhar o mental, o social e de me impulsionar para a vida, percebendo a minha própria força, fé e coragem.


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